Alimentos Colorantes - Fator Vermelho
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Alimentos Colorantes - Fator Vermelho
"Na natureza, as aves comem uma grande variedade de insetos, crustáceos, algas, musgos, frutos e bagas.
Destes alimentos, elas recebem e metabolizam vários carotenóides, que acabam por depositar na plumagem.
Na região Centro-Norte dos Estados Unidos da América, o Cardinal apresenta cores bastante mais mortiças durante o Inverno. Nestes meses mais frios, a sua alimentação é maioritariamente constituída por sementes. O Flamingo alimenta-se de plâncton, o qual é rico em pigmentos.
Se forem privados da sua alimentação habitual, ao mudarem a pena perdem a sua bonita cor rosada, ficando tão brancos como um frango de aviário.
Nos Zôos, os Flamingos recebem uma dieta com sumo de beterraba ou Flamen-Oil (mistura de óleo escuro de cenoura e outros óleos vegetais integrais) ou, mais frequentemente ainda, substâncias pigmentantes disponíveis no comércio especializado.
É assim natural que o Fator Vermelho dessas aves necessite de substâncias especiais para que possa ter expressão na plumagem.
É tão natural fornecer a uma raça de aves de Fator Vermelho concentrados de carotenóides como alimentar uma fêmea em postura com ovos cozidos. Será que as aves selvagens comem ovos para alimentar a sua prole? Não! Antes de serem domesticadas, as aves alimentavam as suas crias com insetos e plantas bravas. E com estas fontes alimentares que o Cardinalito selvagem consegue manter a sua intensa cor vermelha.
Durante os "anos escuros" da canaricultura, as aves coradas "artificialmente" eram simplesmente banidas das exposições. Desde o início, houve uma acesa discussão acerca do que seria uma alimentação colorante. Alguns consideravam mesmo que a utilização de cenouras na alimentação era uma forma artificial de pigmentar aves através da alimentação.
A maioria aceitava qualquer tipo de fruta ou vegetais mas eram terminantemente contra a utilização de concentrados. Nesta confusão, era difícil saber onde encaixar a pimenta vermelha. Era impossível impor uma regra e tudo isto só servia para instalar a suspeição e fomentar má vontade entre os criadores.
Ninguém admitia utilizar qualquer tipo de alimento colorante e algumas aves de qualidade extraordinária, mesmo que não fossem alimentadas de uma forma especial, eram impedidas de entrar em concursos, por serem suspeitas.
Noutros concursos, baseados na "honorabilidade" dos participantes, só as aves "preparadas" tinham hipóteses de vencer. Mesmo atualmente, o iniciado é deliberadamente enganado por alguns criadores. Num recente concurso de canários de cor eu ouvi um concorrente premiado, que compra grandes quantidades de concentrados químicos, dizer a um jovem aficcionado:
"Alimentos pigmentantes? Eu? Não, eu só utilizo verduras!".
Posso afirmar categoricamente que nos últimos vinte anos não houve um único canário de Fator Vermelho que tenha vencido um concurso de canários de cor, que não tenha sido alimentado com uma dieta colorante especial!.
Há muitos mitos a envolver a alimentação de canários de Fator Vermelho. Alguns entusiastas acreditam que os carotenóides irão afetar o fígado das aves, reduzindo-lhe de alguma forma a esperança de vida.
Isto não é, de todo, verdade. Vá até uma loja de produtos dietéticos e verá o B-Caroteno colocado num local de destaque, destinado ŕ alimentação humana.
O B-Caroteno é um antioxidante e pensa-se que desempenha um importante papel na prevenção e cura em processos de doença, incluindo o cancro.
O B-Caroteno é uma das substâncias mais importantes na alimentação colorante para canários de Fator Vermelho.
As substâncias utilizadas para melhorar a cor em aves de Fator Vermelho são classificadas como lipossolúveis (solúveis em gordura).
Como conseqüęncia disto, o seu organismo não dispőe de um mecanismo simples de remoção do que está em excesso. O uso de agentes promotores da cor melhora a aparência das aves e beneficia o seu estado de saúde.
No entanto, o seu uso indevido ou excessivo podem ser prejudiciais. As indicações relativas ŕs dosagens devem ser escrupulosamente seguidas. Como regra prática, qualquer das substâncias pigmentantes pode ser fornecido até que as fezes apresentem uma cor rosada. Este é um sinal de que a ave já atingiu o máximo de quantidade de pigmentante que consegue absorver e utilizar.
Infelizmente, muitos criadores recusam-se a ler ou a seguir as indicações. A água deve ser mantida sempre fresca, pelo que tem que ser mudada diariamente. Isto é duplamente verdade se a água contiver agentes pigmentantes.
A água pode estragar-se facilmente, se tiver substâncias pigmentantes dissolvidas e não for substituída frequentemente.
As substâncias químicas devem ser guardadas num local fresco, escuro e seco. Embora não as destrua, o calor, a luz e a humidade fazem com que as substâncias percam potęncia. Se forem refrigeradas, as substâncias podem durar para sempre, ou quase...
Não há uma idade mínima para começar a fornecer ŕs aves alimentos colorantes.
Fonte: Revista ABC junho 2005
Por Curtis Gulick
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Canaril UFC
Destes alimentos, elas recebem e metabolizam vários carotenóides, que acabam por depositar na plumagem.
Na região Centro-Norte dos Estados Unidos da América, o Cardinal apresenta cores bastante mais mortiças durante o Inverno. Nestes meses mais frios, a sua alimentação é maioritariamente constituída por sementes. O Flamingo alimenta-se de plâncton, o qual é rico em pigmentos.
Se forem privados da sua alimentação habitual, ao mudarem a pena perdem a sua bonita cor rosada, ficando tão brancos como um frango de aviário.
Nos Zôos, os Flamingos recebem uma dieta com sumo de beterraba ou Flamen-Oil (mistura de óleo escuro de cenoura e outros óleos vegetais integrais) ou, mais frequentemente ainda, substâncias pigmentantes disponíveis no comércio especializado.
É assim natural que o Fator Vermelho dessas aves necessite de substâncias especiais para que possa ter expressão na plumagem.
É tão natural fornecer a uma raça de aves de Fator Vermelho concentrados de carotenóides como alimentar uma fêmea em postura com ovos cozidos. Será que as aves selvagens comem ovos para alimentar a sua prole? Não! Antes de serem domesticadas, as aves alimentavam as suas crias com insetos e plantas bravas. E com estas fontes alimentares que o Cardinalito selvagem consegue manter a sua intensa cor vermelha.
Durante os "anos escuros" da canaricultura, as aves coradas "artificialmente" eram simplesmente banidas das exposições. Desde o início, houve uma acesa discussão acerca do que seria uma alimentação colorante. Alguns consideravam mesmo que a utilização de cenouras na alimentação era uma forma artificial de pigmentar aves através da alimentação.
A maioria aceitava qualquer tipo de fruta ou vegetais mas eram terminantemente contra a utilização de concentrados. Nesta confusão, era difícil saber onde encaixar a pimenta vermelha. Era impossível impor uma regra e tudo isto só servia para instalar a suspeição e fomentar má vontade entre os criadores.
Ninguém admitia utilizar qualquer tipo de alimento colorante e algumas aves de qualidade extraordinária, mesmo que não fossem alimentadas de uma forma especial, eram impedidas de entrar em concursos, por serem suspeitas.
Noutros concursos, baseados na "honorabilidade" dos participantes, só as aves "preparadas" tinham hipóteses de vencer. Mesmo atualmente, o iniciado é deliberadamente enganado por alguns criadores. Num recente concurso de canários de cor eu ouvi um concorrente premiado, que compra grandes quantidades de concentrados químicos, dizer a um jovem aficcionado:
"Alimentos pigmentantes? Eu? Não, eu só utilizo verduras!".
Posso afirmar categoricamente que nos últimos vinte anos não houve um único canário de Fator Vermelho que tenha vencido um concurso de canários de cor, que não tenha sido alimentado com uma dieta colorante especial!.
Há muitos mitos a envolver a alimentação de canários de Fator Vermelho. Alguns entusiastas acreditam que os carotenóides irão afetar o fígado das aves, reduzindo-lhe de alguma forma a esperança de vida.
Isto não é, de todo, verdade. Vá até uma loja de produtos dietéticos e verá o B-Caroteno colocado num local de destaque, destinado ŕ alimentação humana.
O B-Caroteno é um antioxidante e pensa-se que desempenha um importante papel na prevenção e cura em processos de doença, incluindo o cancro.
O B-Caroteno é uma das substâncias mais importantes na alimentação colorante para canários de Fator Vermelho.
As substâncias utilizadas para melhorar a cor em aves de Fator Vermelho são classificadas como lipossolúveis (solúveis em gordura).
Como conseqüęncia disto, o seu organismo não dispőe de um mecanismo simples de remoção do que está em excesso. O uso de agentes promotores da cor melhora a aparência das aves e beneficia o seu estado de saúde.
No entanto, o seu uso indevido ou excessivo podem ser prejudiciais. As indicações relativas ŕs dosagens devem ser escrupulosamente seguidas. Como regra prática, qualquer das substâncias pigmentantes pode ser fornecido até que as fezes apresentem uma cor rosada. Este é um sinal de que a ave já atingiu o máximo de quantidade de pigmentante que consegue absorver e utilizar.
Infelizmente, muitos criadores recusam-se a ler ou a seguir as indicações. A água deve ser mantida sempre fresca, pelo que tem que ser mudada diariamente. Isto é duplamente verdade se a água contiver agentes pigmentantes.
A água pode estragar-se facilmente, se tiver substâncias pigmentantes dissolvidas e não for substituída frequentemente.
As substâncias químicas devem ser guardadas num local fresco, escuro e seco. Embora não as destrua, o calor, a luz e a humidade fazem com que as substâncias percam potęncia. Se forem refrigeradas, as substâncias podem durar para sempre, ou quase...
Não há uma idade mínima para começar a fornecer ŕs aves alimentos colorantes.
Fonte: Revista ABC junho 2005
Por Curtis Gulick
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